setembro 29, 2010

Em Espanha o protesto saiu à rua...
consigo ouvir aqui do sexto andar onde trabalho(não,eu não fiz greve).aqui em Espanha as queixas são muitas,tal como em Portugal,mas talvez as pessoas devessem repensar alguns comportamentos para depois sim se poderem manifestar.ainda há poucos dias num noticiário espanhol uma jovem recém licenciada se queixava que as ofertas de emprego que via não reuniam as condições que ela considerava necessárias(ou seja:bom salário,bom horário e férias,muitas férias),por isso continuava desempregada e a viver com os pais.então afinal o problema não será tanto que não exista emprego,mas sim que os que existem não agradam a quem está desempregado.Mas a verdade é que a situação Portuguesa,que vou por agora acompanhando à distância,está bastante pior que a espanhola mas também padecemos de males sociais que deveriam ser eliminados para assim se construir um país mais justo e melhor para todos.como é possível, por exemplo, que os nossos idosos recebam pensões de miséria enquanto milhares de pessoas saudáveis e em idade activa recebem subsídios para não fazer nada?não pensem que eu sou contra todos os subsídios, eu sou contra aqueles subsídios que são dados de mão beijada a pessoas que se podiam fazer úteis à sociedade em vez de explorarem os dinheiros do estado para os quais todos nós contribuimos com os nossos impostos.sou contra as pessoas que se aproveitam das ajudas que o estado dá quando muitas vezes quem realmente precisa de ajuda não é ouvido.sou contra que muitos trabalhem por ordenados tão baixos e ainda tenham de contribuir para subsidiar milhares de mandriões que passam o dia com as barrigas encostadas aos balcões dos cafés.já chega de alimentar parasitas, já chega desta cultura do desgraçadinho em que acabamos por prejudicar mais do que ajudar."se vires um homem com fome,não lhe dês um peixe,ensina-o a pescar", mas nós não o ensinamos,em vez disso damos-lhe um cheque para que ele possa ir alegremente à peixaria!está na hora de agitar as consciências e trabalharmos todos em conjunto.um governo,seja de que país for,sozinho não faz milagres.têm de ser os cidadãos a contribuir de forma activa,solidária e honesta para o desenvolvimento dos seus países e era este espírito que eu gostava de ver em Portugal!

setembro 22, 2010

Justificações e psicologia de cozinha
tudo na vida acontece por alguma razão, os acontecimentos sucedem-se numa cadeia de acção reacção.passamos por coisa boas,por coisas menos boas e por algumas verdadeiramente más.mas todas servem para aprendermos e todos deveríamos tirar delas algum proveito para o nosso crescimento pessoal,para a nossa evolução e melhoria como seres humanos.mas para algumas pessoas,a sucessão de acontecimentos que é a vida só serve para uma única coisa:justificar.e assim cada atitude menos interessante,cada passo dado em falso é justificado por acontecimentos passados.podíamos chamar a esta teoria a "teoria do coitadinho",porque estas justificações servem sempre para tentar desculpar as coisas más que se fazem.por exemplo:um marido que bate na mulher,ele nem é má pessoa,o pai também lhe batia quando ele era pequenino,se calhar bem vistas as coisas ela é que é a culpada;os alunos indisciplinados que levam navalhas para as aulas e ameaçam/agridem os professores,eles são todos muito bons meninos,mas uns não têm pai,outros não têm mãe,outros têm os dois mas estão divorciados,outros até têm uma família dita "normal" mas morreu-lhes o cão ou o gato,quer dizer eles não são maus,são incompreendidos.e por aí afora iríamos com muitos outros exemplos.toda esta conversa serve para eu passar uma opinião pela qual fui muitas vezes julgada.os acontecimentos da nossa vida não podem servir de desculpa para fazermos o que nos dá na real gana.não nos podemos escudar atrás dos nossos momentos menos bons usando-os como justificação para pôr e dispôr dos outros,tratar mal,usar e abusar ou desrespeitar.não significa que não devamos ser solidários com quem passa momentos difíceis,só não devemos deixar que esses momentos depois sejam a linha com se cosem as atitudes.infelizmente hoje em dia assisto muitas vezes à política da desculpabilização"ai coitado ele fez mal mas em pequenino sofreu muito"e continuam a conversa arremessando palavras como "trauma","subconsciente" ou "recalcamento" numa perfeita psicologia de cozinha que para nada mais serve do que para pôr ainda pior quem já está mal.qualquer dia ainda oiço alguém dizer"ai coitadinho do Hitler,ele nem era má pessoa mas tinha um colega judeu na escola que lhe roubava o lanche,vai daí ficou-se-lhe o trauma e depois o recalcamento saiu-lhe lançado do subconsciente e ele pôs-se a assassinar judeus!tadito do Hitler!"
Eu tenho umbigo...e depois?
Eu tenho umbigo, tu tens umbigo, ele tem umb...desculpem!não, ele não tem umbigo porque é fã de body modification e mandou fechar o dele!mas a verdade é que quase toda a gente tem umbigo.eu gosto do meu,é fundo e redondinho e eu acho-o bonito, mas não passo o tempo a olhar para ele.nunca fui de me perder em deslumbramentos com o meu próprio umbigo e por isso não entendo quem o faz.compreendo que às vezes precisamos de nos dedicar a ele (a nós) mas não ao ponto de vivermos só para ele.o nosso próprio umbigo é sem dúvida importante,mas há que partilhar o tempo de antena com os umbigos dos outros.talvez escutando os umbigos alheios até possamos aprender mais acerca do nosso!por isso a todos os "umbigocentristas" deixo um conselho: descolem o nariz da barriga e desviem os olhos do vosso umbigo.é bom para vocês e para os outros e evita problemas no pescoço de tanto olharem para baixo!
ultimamente não me tenho dedicado muito a escrever aqui no blogue e já nem é a primeira vez que me ausento.não me falta tempo para escrever,mas tem-me faltado assunto.a partir de hoje vou ler mais notícias e ver mais televisão,em suma,vou andar mais atenta para poder escrever mais...ou pelo menos vou tentar,prometo que vou tentar.

setembro 21, 2010

Quem não quer ser lobo....
Os ditados populares têm sempre razão. Sempre ouvi dizer que quem não quer ser lobo não lhe vista a pele. Mas parece que algumas pessoas nunca perderam 10 minutos da sua vida a reflectir sobre a sabedoria do povo. Quem toma certas atitudes, adopta certos comportamentos mais ligados ao mundo canino/selvagem, não pode depois querer que os outros o tratem como se fosse um carneirinho. Temos de aprender a viver com as escolhas que fazemos, sejam elas boas ou más. E pronto aqui fica este pequeno desabafo em jeito de resposta de alguém que queria responder mas não respondeu....não faz mal....respondo eu!