junho 07, 2010

Gosto do Pedro Passos Coelho. Não tenho côr política por isso posso gostar de quem eu quiser. Sinceramente nos dias que correm, cada vez mais acho que faz sentido apoiar pessoas com boas ideias do que partidos e como há bons políticos desde a esquerda até à direita, eu vou elegendo aqueles de quem mais gosto sem ligar a filiações. Mas voltando ao Pedro Passos Coelho, gosto dele, é jovem e parece-me um político consciente. Ao contrário da maioria consegue ver que faz falta que o exemplo de contenção venha dos próprios governantes e que realmente existem discrepâncias que não faz sentido que continuem a existir. Se têm de se fazer cortes têm de ser feitos em grande escala, abarcando todas as classes sociais e profissionais. Não se pode pedir aos portugueses de classe média e baixa que sofram com a crise, enquanto alguns privilegiados continuam a ter as mesmas regalias de antes. Hoje li que Passos Coelho defende a imposição de um limite nas reformas. Isto não só me parece lógico como justo. Mas não chega, tem de se acabar com as acumulações de pensões, sejam elas de entidades estatais ou privadas. O que deve acontecer é que toda a nossa vida contributiva seja reunida na altura da reforma produzindo uma única pensão. Tem se acabar também com as reformas vitalícias de deputados e presidentes de câmara que por trabalharem alguns anos ao serviço da nação têm direito a uma pensão. O que leva às tais acumulações. Também me pareceria um bom passo se o governo português visse o exemplo inglês e espanhol e começasse a reduzir nas "mordomias" governamentais. Acabar com carros de serviço por exemplo. Afinal os nossos governantes são funcionários públicos, porque é que não vão nos seus próprios carros para o trabalho como todos os outros? Tem de se controlar também o despesismo de contratar a dezenas de secretárias, assistentes e afins sempre que muda um ministro. Que tal impôr também aí um limite razoável ao número de pessoas que trabalham em cada gabinete? Também me pareceria importante terminar com as supostas alterações na decoração dos gabinetes sempre que entra um novo ministro. Eu não sei se é verdade porque nunca vi, mas dizem as más línguas que se trocam sofás, tapetes e até loiças de casa de banho. Agora é a altura dos nossos governantes terminarem com estas futilidades e se concentrarem em fazer um bom trabalho, ainda que tenham de o fazer a olhar para uma mobília que não gostam.
Os tempos não andam para brincadeiras e está mais que claro que esta é a altura de fazer mudanças substanciais. Mas não basta mudar as coisas por um período de tempo, mudam-se definitivamente, para mudar as mentalidades. Porque na realidade é isso que Portugal precisa, mudar as mentalidades, de ricos e de pobres, de doutores e de donas de casa. Todos têm de mudar, faz falta honestidade, vontade de trabalhar, participação activa na vida do país. Enfim precisamos todos trabalhar com o mesmo objectivo porque afinal vivemos todos juntos!

1 comentário:

Anónimo disse...

folgo em ver que finalmente voltaste ao activo =D eu não teria dito melhor!!